CURTA METRAGEM - 18 MINUTOS
Dúdú com mais de 1,3 milhões de visualizações no YouTube, sendo constantemente utilizado em mostras de cinema e apresentado para alunos como material didático; em 2019 foi premiado como melhor curta metragem no London ArtHouse Film Festival (LAHFF), em 2020 o conteúdo foi disponibilizado nas plataformas da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
SINOPSE: Dudu é um garoto negro, inteligente e imaginativo, estudante de um colégio particular da classe média de São Paulo. Durante uma aula de educação artística, sua professora, Sônia, diz a ele que utilize o que ela chama de “lápis cor da pele” para pintar um desenho. A frase desperta em Dudu uma crise de identidade. Com toda a inocência de uma criança da sua idade, Dudu passa a carregar o lápis em questão consigo para encontrar alguém que possa sanar seus questionamentos.
Trajetória do curta - https://vimeo.com/manage/videos/500176159
“Me empresta o lápis cor da pele?”
Quem, quando era criança, já não ouviu esta frase? Algo aparentemente dito de forma inocente pode guardar um grave problema social, o racismo. Este é o ponto de partida para o principal conflito do filme. Um tema ainda atual tratado pela ótica de uma criança. Um enredo singelo, verdadeiro e emocional para públicos de todas as idades e capaz de cativar e falar aos públicos mais diversificados. Dúdú e o Lápis Cor da Pele pode ser visto como a fala de uma criança sobre um assunto do “mundo dos adultos”. Não existe maior sinceridade do que a de uma criança, certo? Então ninguém melhor do que uma delas para nos falar sobre questões como identidade, valorização da cultura e da raça.
JUSTIFICATIVA: A pureza e o despertar da consciência de uma criança para a sua própria identidade formam o ângulo ideal para que o espectador possa enxergar a existência de preconceitos velados, mas sem sentir que existe um dedo inquisidor apontado em sua direção. A consciência do espectador é como uma criança que, aos poucos, é trazida para a razão. A ideia é humanizar, personagens e público. Assim como a personagem de Madalena convida Dudu para tomar um sorvete enquanto descortina diante dele um mundo de lucidez e verdade. Entendida a relevância do tema, aplicá-lo em uma obra audiovisual de menor duração faz com que seja necessária a condensação e, consequentemente, encontrar a essência do que precisa ser dito. A busca pela simplicidade é proposital e visa uma permeabilidade mais fácil no contato com o espectador, ampliando os possíveis públicos atingidos... Em suma, Dúdú e o Lápis Cor da Pele é o singelo revelando as cores de uma questão profunda e, muitas vezes, deixada de lado.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Miguel Rodrigues
Roteiro: Cleber Marques
Direção de Fotografia: Marcelo Coutinho
Cenografia e Direção de Arte: Carol Gomes
Produção Musical: Armandinho Ferrante
Produção Executiva: Leandra Aieedo
Gerente de Produção: Karin Camarinha
Produtor de Conteúdo: Mayanderson Lage
Designer: Paloma Dantas